O problema não é a opinião... mas a forma como a deram.
Podia-se apenas dizer - "Eu não gostei disto, por isto e aquilo." em vez de dizer "Eu não gostei destes inergúmenos ou desta feia, estúpida e repelente cabaça verde-canela". O problema está na forma... e pela forma demonstrada, foi perdida qualquer razão.
E vai daí... não contentes, junta-se o lobby dos que bem sabem escrever (ou não), aqui.
Resposta do Grupo:
Meu caro Sílvio,
Não quero iniciar uma nova polémica. Outros há muito mais aptos a isso que eu. No entanto deixe-me expressar as minhas ideias acerca desta sua brilhante crónica.:
1 - É curta.
2 – Parece-me que o Snr. tentou com esta peça transmitir a ideia que os anónimos, menos anónimos, quase anónimos e mesmo aqueles que não sendo concordam total ou parcialmente com as ideias expressas por eles estariam a censurar a vossa escrita. Só assim entendo o vazio da crónica e a preocupação de enfatizar o cuidado em não ser apupado, enxovalhado … etc.
3 – Perdoe a repetição do léxico mas parece-me ainda que isso se relaciona com um artigo de opinião publicado aqui sob o título “Incapazes à queima-roupa” da autoria do Snr. Hugo Torres.
4 – Assim sendo, e assumindo eu que os pressupostos estão correctos, permita-me divagar um pouco sobre a sua atitude:
O Snr não é Jornalista não é Cronista. Eventualmente pode ser jornalista ou cronista. O Snr não é Democrata. Eventualmente poderá ser um democrata da nova vaga, daqueles que acham que todos têm o direito de fazer aquilo que o Snr entende. O Snr é um cobarde.
Sinto que já terá disparado os dedos para as teclas, ofendido na sua dignidade, com uma série palavras a brotarem-lhe do cérebro e da alma preparando-se para me demonstrar o quão injusto e infeliz eu fui na escolha de palavras. Argumentará porventura que este tipo de ataques pessoais são típicos dos anti-democratas e que o seu nível quer intelectual quer educacional será demasiado baixo. Terá o Snr direito a essa opinião, e se eu me ficasse por aqui teria toda a razão. Mas peço-lhe que não esquecendo aquilo que me quereria dizer tenha a bondade e paciência para continuar a ler mais umas linhas. Procurarei justificar as duras palavras aplicadas anteriormente.
“O Snr não é Jornalista não é Cronista. Eventualmente pode ser jornalista ou cronista.”
Digo-o porque abre a sua crónica com um erro terrível. Inicia escrevendo, e passo a citar, “Este texto opinativo demonstra uma tremenda preocupação por parte do autor em não ser enxovalhado, apupado, insultado…”. Permita-me lembrar o início do artigo que referi acima, mais uma vez passo a citar “Os grupos culturais da Universidade do Minho são vergonhosos. Uma espécie de dançarinos repugnantes do lixo inconcebível aos três palmos de civilização que a testa, entretanto, plantou. Repelentes. Repelentes porque repugnantes. Desespero inqualificável, inadjectivável.”. Sejamos honestos, se isto não é enxovalhar, insultar ou apupar o que será? E o Snr não é suficientemente jornalista para o reconhecer. Nem sequer é o suficientemente cronista para discorrer sobre o tema refugiando-se na atitude infantil da birra. A sua preocupação única de aceitação é incompatível com a posição de jornalista ou cronista. Mesmo quando esta é, como no caso, irónica. Os destinatários da sua mensagem são tão díspares entre si que nunca conseguirá fazer chegar a nenhum deles o conteúdo total da sua mensagem.
“O Snr não é Democrata. Eventualmente poderá ser um democrata da nova vaga, daqueles que acham que todos têm o direito de fazer aquilo que o Snr entende.”
Desculpe não entender a razão que o leva a pensar que ao abrigo da posição de Opinionmaker ou Cronista se pode livremente achincalhar qualquer pessoa ou instituição e o mesmo não ser válido para quem comenta. Será pela diferença da linguagem empregue? É diferente eu dizer que o Snr é Burro ou o Snr. é um Ruminante Acéfalo ? Não espume ainda. Não era um insulto, era uma tentativa de rapidamente fazer sobressair a ideia. Mas o Snr. Hugo Torres não achincalhou ninguém, dirá. Fará então o favor de me permitir estes excertos: “…A Augustuna e a Azeituna são indizíveis.”, “…que agrupamento absolutamente ridículo são os Opum Dei?” ou “As tunas femininas doem…” ou ainda “…a Tun’Obebes é insuportável…”. Se as linhas que o Snr Hugo Torres produziu têm direito a ser escritas, e nisso perdoará a minha intransigência, também frases como “Quanto ao menino Hugo Torres,e sim menino porque não passa de nada mais do que isso, independentemente da idade que tiver…”
ou “Caro colega, tenho vergonha de ti! Isto é tudo muito bonito, mas só me conseguiste fazer lembrar bebés…” ou ainda “Penso que temos aqui um pseudo muito mau jornalista...a caminhar para um jornalista frustrado!” também com certeza terão. Parecem-me até menos ofensivas, se bem que teria que concordar que serão menos adjectivadas também. Terem a expectativa de publicar conteúdos online, num suporte que permite uma rápida resposta e não esperarem reacções que ocupem todo o espectro possível de respostas das mais variadas proveniências é no mínimo infantil e amador chegando no limite a ser surreal. Esperarem que não haja comentários anónimos entra directamente na mesma categoria. Parece-me que estou a ver o Engº Marques Mendes a fazer uma birra e a exigir que todos os votos sejam assinados para poder saber quem votou nele ou no Engº Sócrates. Se bem que eu não concorde com o anonimato, ele é a base da democracia em que vivemos. Ou é daqueles que assina os votos nas eleições? Aliás, perdoe a indiscrição, já tem idade para votar? Os jornalistas, cronistas e escritores em geral são os primeiros a usar pseudónimos para protegerem a sua identidade, ou para terem a liberdade de abordar diferentes áreas sem serem conotados com outras. É novidade para si isto? Eu não faço ideia se o seu nome de baptismo é Sílvio Mendes ou Jaquelino Fumaça, mas isso não altera em nada as palavras que escreveu. Não me lembro de em nenhum dos comentários alguém ter pedido para se retirar o artigo. Aquilo que o Snr sugere é que não se possa comentar, e pelo que entendi só o preocupam os comentários negativos ou menos abonatórios. Deixe ver se eu entendo, podemos comentar mas só para concordar. Podem opinar porque é uma crónica mas não podem os outros criticar porque passa a ser um ataque pessoal. Esta atitude poderia também ser considerada infantil não fora ela tão fascista no seu âmago. Meu caro Snr. Sílvio, por aqui só posso deduzir que o Snr não sabe o que é a democracia. E não estou a falar da definição do dicionário, que também tenho em casa muitos. “A nossa liberdade acaba quando começa a dos outros”. O Snr está a querer retirar liberdade aos outros, pondo a sua e a dos seus a um nível superior.
“O Snr é um cobarde.”
Apesar de se notar a sua preocupação de fazer uma birra infantil disfarçada de reacção inteligente suportada por um pensamento profundamente filosófico, não consegui ver na sua crónica um argumento válido. Para além do vazio profundo de palavras, o que dependendo da sua escrita pode ou não ser bom, introduz o conceito de “Coitadinhos de nós que não podemos escrever nada. Somo uns incompreendidos e uns injustiçados”. A profunda frase “Tenho opinião muito bem formada acerca das coisas que não existem. E, ainda assim, hesito. A realidade não me interessa muito.”, que não reconheço de nenhum lado e portanto assumo ser da sua autoria, é de tão elevada intelectualidade que um mero leitor de jornais e livros como eu não consegue atingir o significado. O Snr é um cobarde porque está pronto para lançar pedaços de nada ao mundo e espera que eles não façam ricochete e voltem. Porque não quer que opinem sobre opiniões. Porque acha que adjectivos rebuscados permitem a elaboração de conteúdos que não podem ser depois decompostos, analisados e rebatidos. O Snr é um cobarde porque só admite a liberdade de expressão unidireccional, só a quer aplicar quando serve os seus interesses ou não colide com os seus pontos de vista. O Snr não tem a coragem de apontar claramente aqueles que diz serem autores de insultos e difamação, e os levar às devidas instâncias para aí serem obrigados a responder o que seria isso sim uma verdadeira atitude democrática. O Snr não teve a coragem de silenciar as opiniões e comentários com palavras e ideias fundamentadas. Ao invés usa a ausência delas para tentar transmitir uma ideia de pseudo-intelectual demasiado elevado para poder ser entendido.
Parece-me que um artigo cheio de vazios como o seu já originou demasiadas linhas no meu. Deixe-me terminar com um convite. Esta sexta feira os alguns dos Jogralhos vão juntar-se e ter o prazer de saborear um repasto enquanto preparam a temporada que se avizinha. Está desde já convidado para se juntar a nós nessa altura, ou em qualquer outra, e expor as suas opiniões, trocar ideias, rebater argumentos ou pura e simplesmente saborear um coxa de frango assado e uma caneca de cerveja. Faça como os grupos culturais, que por essência e definição não podem existir sem dar a cara ao público
Ah, e se está com algum tipo de receio de comparecer sozinho traga como acompanhante o Snr Hugo Torres.
Isto se para tal tiver coragem claro… por Luís Vieira
N.d.r: O menino Luís Vieira, por ser uma pessoa sem vastos conhecimentos cultural e informáticos, está impedido de escrever directamente no blog. Por essa razão, eu, que sou o gajo que ainda sabe o que é um bit (que é pretérito do verbo "ber") é que tenho que trabalhar (não... não é praxe)
sexta-feira, outubro 12, 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
PAREBÉNS MAIS UMA VEZ, PIRATA!!!
Começo a ficar com ciúmes!!!
E a qualidade das introduções e respectivas conclusões ao texto principal?? ai....
Quando chegar a casa conversamos.... :P
Não façam piadas aculturais!!! :p
Ou, se as fizerem, façam-as de forma intelígivel. :D
É... pensas que nao sei das gregas e das checas de erasmus?
Como podes ter visto pelo artigo de opinião... Ficaram de boca aberta, mas foi só isso!!! :)
And now for something different....
TENHO SAUDADES DOS MEUS MENINOS!!!!!!!!!!!
Kisses com asas para todos...
P.S. Estive com as gajas da taiscte em oeiras... LOL Rudolfo era uma rena.... :D
Enviar um comentário